quinta-feira, 27 de maio de 2010

Análise antropológica da porranenhumologia...


Boa tarde, meus queridos e queridas leitores e leitoras imaginários e imaginárias.
Venho através desse pé-de-porra para filosofar a porranenhuma, que diferente do que muitos imaginam, representa muitas coisas.
Analisemos, a priori, a etimologia da palavra: porra, que vem do português e pode significar na verdade qualquer coisa e nenhuma, que significa, na maioria das vezes, nada. Depois de dias e dias de discurssão sobre a porranenhuma eu e uma querida amiga desenvolvemos um novo ramo do conhecimento: A Porranenhumologia.

Todo o debate surgiu quando esta queridíssima, digníssima amiga disse-me que trabalhava com, como ela mesma disse, pooooooorra nenhuma. Aquilo me deixou bastante intrigado, pois todos os dias ela tava cansada de fazer porranenhuma. Daí tira-se a primeira conclusão, meus caros: a porranenhumologia estuda a porranenhuma e não a pooooorra nenhuma. Repare que são coisas bastante diferentes.

Outra coisa que deixou-me bastante intrigado quanto ao estudo da filosofia porranenhumológica foi o fato de como as pessoas empregam o termo. Por exemplo, você passa uma tarde toda coçando o saco e depois disse que "não fez porranenhuma". Observe que essa frase está completamente equivocada, pois porranenhuma foi exatamente o que foi feito na tarde inteira! Repare que a negação da porranenhuma resulta justamente no não-desperdício de tempo e neurônios com nada. Porraalguma será como chamarei tal negação. Compreendem? Esquema difícil mas eu vou tentar explicar melhor. Analisemos pela lógica aristotélica o então proposto problema, tomando todo o cuidado para não cairmos na falácia:

Fazer porranenhuma -> Afirmação da porranenhuma -> Tarde ociosa, tediosa.
Não fazer porranenhuma -> Negação da porranenhuma -> Tarde produtiva -> Porraalguma.

Entenderam, meus queridos? Não?
Foda-se

Agora partiremos para uma outra análise: Como a porranenhumologia pode ser aplicada em outros campos da ciência?
A porranenhumologia pode ser aplicada em praticamente qualquer ramo da ciência, devido a sua próxima relação etimológica com a porra.
Mas o que seria porra?

A porra pode ser, ao mesmo tempo tudo e nada. Nessa parte eu vou precisar de exemplos.

1) Pode ser usado para se referir a uma pessoa a qual se tem laços afetivos ou não:
"diga lá, Romário, seu PORRA..."
"Tô puto com aquele PORRA do Daniel..."

2) Pode perfeitamente ser usado como interjeições de amaldiçoamento da vida, deus, e essas coisas:
"PORRA!"
"puta que pariu, PORRA!"

3) Pode ser usado também como pronome interrogativo se usado junto do que:
"QUE PORRA é essa?"
"que QUE PORRA?"

4) Pode ser usado no diminutivo, significando assim um jogo muito popular no Ceará:
"ei, má, vamo jogar uma partidinha de PORRINHA?"

5) Pode ser usado como substituto da palavra "nada":
"isso é o mesmo que PORRA"

6) Pode ser ainda usado como ponto final ou acompanhamento de qualquer outro caractere de finalização de frase:
"o que é, PORRA?"
"senta, PORRA!"
"não vou fazer o trabalho, PORRA"

Epistemologicamente falando, a porranenhuma também tem muitas atribuições, grande maioria delas aplicada de maneira errada:

"PORRA, o palmeiras não jogou PORRANENHUMA hoje"

Repare como ambos os termos podem completar-se, mas como a frase foi mal construída, pois se o palmeiras não jogou porranenhuma, alguma porra ele jogou!

Enfim, depois eu concluo o raciocínio, vou beber agora. Por conclusão disso tudo, devo-lhes dizer apenas uma coisa:

"Transformando toda a ociosidade criativa em porranenhuma produtiva"

Esse é o segredo da vida!

Por hora, devo-me ir, meus caros e queridos não-leitores. Vocês já devem imaginar a grande razão dessa postagem, não?

PORRANENHUMA!!!

Um abraço a todos.
Por trás, claro.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Final de semana nervoso...


Boa tarde, meus caros não-leitores. Depois de duas semanas inteirinhas sem postar absolutamente nada, eu volto para dar-lhes o desprazer de mais uma postagem.
Esse fim de semana que concluiu-se ontem foi um dos mais nervosos na minha vida. A priori porque ele começou na quarta-feira. Em segundo, dês de quarta-feira que eu me embriago excessivamente. Muito mesmo. Putz, na quinta, no jogo do flamengo fiquei tão bêbado que dormi no sofá daqui de casa e derramei cerveja no mesmo. Dá pra entender porque minha mãe tá indignada comigo. Vou passar uma semana inteirinha sem beber. Mentira. Mas to de ressaca até agora, maldita ressaca! Dor de cabeça, enjôo e, pela primeira vez, vontade nenhuma de beber. Dá pra ter uma idéia de o quanto foi excessivo, não?

Ontem foi um dia muito ótimo. Primeiro, o vitória perdeu e deu uma vitória pro Ceará Sporting Club, vulgo maior clube do mundo. Segundo, saí com uma amiga da música e embriagamo-nos no picanha do aldeota. Caótico. Foi bem divertido, falar sobre futebol, carros e poesia com alguém que entenda disso é algo revigorante.

“Ergam seus copos por quem vai partir”

Uma música e tanto. Falando em música, vou começar a escrever mais. É mais divertido do que eu pensava.

Enfim, vou-me por hora, tô muito sem saco de escrever, mas resolvi vir aqui pra não deixá-los sozinhos.

Falando nisso, dia 21 de maio foi dia nacional da cachaça, então, feliz dia da cachaça atrasado para vocês.


Abraços. Por trás, claro.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mais um dia a menos na minha vida...

Mais uma decepção na monotonia da vida cotidiana. Menos uma quebra de rotina. Mentira. Hoje eu assisti a um filme excepcional. Perfume. Eu e o Jacqueson tivemos muitas idéias boas no filme. Na verdade, idéias não, inspirações e vontades. Um filme com uma sinopse bastante interessante, final bastante bonito.

Devo dizer-lhes, ó, meus caros não-leitores, ultimamente venho tendo umas vibes tão...tão...tão tediosas na minha vida. Ontem assisti aos jogos sem uma gota de cerveja nas entranhas; hoje, escrevo aqui sem estar bebendo, bêbado ou de ressaca, que é uma falta gravíssima. Quase uma falta na grande área.

Ah, vai, isso é pessimismo da minha parte. O dia hoje não foi tão ruim, ocorreram bons momentos. Três deles, pra ser preciso. O primeiro foi logo pela manhã, um ensaio que ficou meio torto, mas foi bom. Foi meio nervoso quando o baterista me ligou uns 30 minutos antes e disse que não ia poder ir. Situação inconveniente, não? Sobretudo pro resto da banda, mas, enfim, deu tudo certo, o outro guitarrista ficou na bateria e a gente improvisou só com uma guitarra mesmo. Foi um pouco tenso, mas foi bom. Ah, vale ressaltar também que hoje é dia 13 de maio. Isso significa malditos hipócritas que se dizem cristãos atrapalhando a vida dos outros. Você quer louvar seus deuses? Ok. Você quer perder o seu dia inteiro com isso? Ok, foda-se, mas agora o que me lasca é quando você deixa uma avenida engarrafada do jeito que a maldita 13 de maio tava hoje. Sério, malditas regras da sociedade. Eles tão me bloqueando a passagem, a constituição devia me garantir direitos de matá-los. Inferno! Mas eu resolvi que não me ia emputecer mais com o ocorrido. Então, foda-se.

Outro ocorrido bom do meu dia foi uma pseudo-epifania que tive. Acho que aquilo não chega nem a ser uma pseudo-epifania. Não sei o que foi, mas vamos ao ponto. Hoje, na monotonia que é a vida, resolvi ligar a televisão e ver se tava passando algo de interessante. Claro que eu não encontrei, mas quando tava passando os canais tive a sorte de assistir a um clipe. “I Gotta Felling” do Black Eyed Peas. Não que eu goste do conjunto, mas devo admitir que o clipe foi muito bem trabalhado. Deu-me uma vontade imensurável de promover umas orgias, umas festas caóticas como não se vêm mais em Fortaleza. Tô precisando de uma dessas. Uma festa longe, onde não precisemos nos preocupar com coisas como “ter álcool e drogas suficientes” ou “ter que dirigir pra casa de volta”. Ah, o ter que dirigir. É o pior. Tenho saudades dos períodos da minha vida que eu não tinha essas preocupações e a única lei era o caos. Nostalgia maldita.

Falando nisso, preciso desabafar uma coisa. Alguns dias atrás ouvi algo bastante ridículo que me deixou bastante irritado. Não quero citar nomes nem o fato ocorrido, mas puta que pariu, por que diabos as pessoas não percebem que a coisa mais ridícula que se pode sentir é a pena por si? Se você sente e se ofendeu com isso, foda-se. Pare de sentir. Ser humano nenhum deveria precisar disso. Pena. Que sentimento patético. Pessoas tristes com motivos inventados. PORRA!!! Para com isso! Com certeza tem gente com mais problemas do que você e está sorrindo. As pessoas não entendem como é bom você sentir o gosto de estar ferrado porque tem muito que fazer, ou não entendem como é delicioso o sabor da rejeição, ou quão divina a dor e a tristeza pode ser. Sem esse nobres sentimentos não iriam existir outros sentimentos exponencialmente mais nobres. Pessoas idiotas. É a única coisa que me vem à cabeça. Ficam procurando problemas pras próprias vidas porque as suas vidas parecem perfeitas demais. Que inferno! Sinceramente, sentir pena de si mesmo é tão patético que me dá raiva. Ódio. Ira. Asco. Nojo. Sim, sim, como qualquer outra pessoa, eu já senti pena de mim mesmo, mas eu era tão patético quanto o sentimento em si. Resolvi parar com isso quando vi que não dava resultado. Ao invés de sentir pena de mim mesmo prefiro agir. Beber. Gritar. Bater. Um leque imenso de possibilidades. Enfim, não vou mais me emputecer com isso. Não é digno.

Voltando para o assunto anterior, desculpem-me a fuga do tema central, minha outra aquisição ideológica dessa tarde foi o filme que já foi citado e citá-lo-ei mais uma vez. Perfume. Um filme e tanto. Se posso aconselhar-lhes uma coisa, assistam. O retrato do psicótico é muito bonito. Não tem noção do que o que ele faz é errado. Não entende. Na verdade as pessoas não entendem o quão nobre pode ser sua causa. Magnífico.

Escrever isso tá me deixando com uma vontade muito grande de beber. Bom sinal. Vamos ser sinceros, todo mundo tem defeitos, fico muito feliz que o meu pior defeito seja a minha qualidade que mais me diverte. Devo-me embriagar por hoje. Cair na sarjeta pra algum cachorro me lamber a boca. Dormir abraçado com um poste. Dar boa noite a todos os gatos e ratos dessa cidade. Tudo isso a esmo. Ao léu. Sem o menor porquê.

ps: Se os pleonasmos usados incomodam-no, foda-se.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

"Se tu derrubar meu abacaxi..."


Boa noite, meus caros e queridíssimos não-leitores. Como foi a semana? Só alegria?
Enfim, venho contar-lhes o acontecido de hoje. Foi um bom dia.

Deixe-me começar pelo começo. Eu tenho essa mania feia, né, de não começar pelo começo? Mas, enfim, vai dar tudo certo. A priori, devo ressaltar que fui muito bem na minha prova de história, claro. Em segundo devo ressaltar que vou receber minha bolsa do pet sim (eu tenho uma bolsa do pet!!! Não me canso de dizer isso). Apesar de que a minha manhã foi sensacional, vale ressaltar também a tapioca que eu comi que tava uma diliça, a melhor parte do dia mesmo foi a tarde e a noite.

Depois dessa manhã vim pra casa normalmente, aliás, "normalmente", se for ressaltado o fato de que eu voltei com a cabeça pra fora do carro imitando um cachorro, mas isso são detalhes. Enfim, cheguei em casa e tomei um banho, tinha combinado com o meu passarim de ir almoçar com ela. Como combinado, ocorreu tudo direito e-tal-e-coisa-e-coisa-e-tal. Houve muitas observações privilegiadas hoje, só não me lembro de quase nenhuma, mas houve muitas mesmo.

Putz...tô muito sem saco de escrever...
Dexem-me abrir uma cerveja...

Bem melhor. Sinto-me novo.

Sim, onde eu tava mesmo? Sim, observações privilegiadas e todas elas iam ao meu blog, mas eu tô com muita preguiça de por aqui os que eu me lembro, então, foda-se.

(Putz, impressionante como o "foda-se" sempre funciona!!!)

Enfim, Saldo do dia:
1 dia excelente
1 rodela de abacaxi no chão
1 almoço saldável
-1 jogo do ceará (tá, eu sei, é foda, mas vai dar tudo certo)

E o pior de não ter ido é essa angústia de querer saber quanto foi e ter que esperar o globo esporte de amanhã pra saber, mas no balanço geral do dia, 3 x 1, se o Ceará tiver se saído tão bem quanto eu, tamo é bem.

Impressionante minha capacidade de mudar de tema, não? Saí dum abacaxi e cá estou eu, no futebol. É, eu sei, eu devia me tratar, mas vai dar tudo certo.
E, enfim, já que eu estou no assunto "mudança de assunto", mudemos de assunto, foi uma péssima idéia ter aberto essa cerveja. Me deu uma vontade doida de beber. Beber simplesmente. Beber à esmo. Beber e ponto. Beber, gritar, morrer ou, quem sabe, beber apenas. Falando nisso eu ia comprando um livro do Fernand Person hoje, mas acabei não comprando. Putz...Vacilo...
Mas, enfim, vai dar tudo certo.

Enfim, meus caros leitores imaginários, já que eu não tenho mais o que dizer, ou melhor, tenho o que dizer, mas tô totalmente sem saco, vou-me embora. Trabalhar a embriaguez não é fácil. Deixo com vocês uma tirinha muito sensacional.


Situação inconveniente, não? Sobretudo para a baleia.


"-Duvido!
-Duvida?"

No caso de você não ter entendido a última citação, foda-se.
Um abraço a todos. Por trás, claro.

sábado, 1 de maio de 2010

Eu sou...


A luz das estrelas...
Eu sou a cor do luar...
Eu sou as coisas da vida...
Eu sou, eu fui eu vou...
Eu sou o seu sacrifício...
O sangue no olhar do vampiro...
Eu sou a vela que acende...
Eu sou a beira do abismo...
Eu sou o tudo e o nada...
Eu sou a mão do carrasco...
Eu sou os olhos do cego...
Eu sou a mosca na sopa...
O dente do tubarão...
Eu sou o amargo da língua...
A mãe, o pai e o avô...
O filho que ainda não veio...

O início, o fim e o meio...



Impressionante como essa música me causa boas reflexões...
Enfim, ela me está sendo muito útil agora...
Música muito bonita essa. Bom dia, meu caros não leitores, venho postar-lhes só e somente pelo fato de que eu tô morrendo de ressaca aqui.

Dor de cabeça e vontade de beber mais são os dois maiores traços da ressaca. Mas, enfim, eu quero mesmo é ficar maluco beleza...


Quaisquer semelhanças com músicas do Raul nesse post não são coincidência.

O que queres?