segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mais um dia a menos na minha vida...

Mais uma decepção na monotonia da vida cotidiana. Menos uma quebra de rotina. Mentira. Hoje eu assisti a um filme excepcional. Perfume. Eu e o Jacqueson tivemos muitas idéias boas no filme. Na verdade, idéias não, inspirações e vontades. Um filme com uma sinopse bastante interessante, final bastante bonito.

Devo dizer-lhes, ó, meus caros não-leitores, ultimamente venho tendo umas vibes tão...tão...tão tediosas na minha vida. Ontem assisti aos jogos sem uma gota de cerveja nas entranhas; hoje, escrevo aqui sem estar bebendo, bêbado ou de ressaca, que é uma falta gravíssima. Quase uma falta na grande área.

Ah, vai, isso é pessimismo da minha parte. O dia hoje não foi tão ruim, ocorreram bons momentos. Três deles, pra ser preciso. O primeiro foi logo pela manhã, um ensaio que ficou meio torto, mas foi bom. Foi meio nervoso quando o baterista me ligou uns 30 minutos antes e disse que não ia poder ir. Situação inconveniente, não? Sobretudo pro resto da banda, mas, enfim, deu tudo certo, o outro guitarrista ficou na bateria e a gente improvisou só com uma guitarra mesmo. Foi um pouco tenso, mas foi bom. Ah, vale ressaltar também que hoje é dia 13 de maio. Isso significa malditos hipócritas que se dizem cristãos atrapalhando a vida dos outros. Você quer louvar seus deuses? Ok. Você quer perder o seu dia inteiro com isso? Ok, foda-se, mas agora o que me lasca é quando você deixa uma avenida engarrafada do jeito que a maldita 13 de maio tava hoje. Sério, malditas regras da sociedade. Eles tão me bloqueando a passagem, a constituição devia me garantir direitos de matá-los. Inferno! Mas eu resolvi que não me ia emputecer mais com o ocorrido. Então, foda-se.

Outro ocorrido bom do meu dia foi uma pseudo-epifania que tive. Acho que aquilo não chega nem a ser uma pseudo-epifania. Não sei o que foi, mas vamos ao ponto. Hoje, na monotonia que é a vida, resolvi ligar a televisão e ver se tava passando algo de interessante. Claro que eu não encontrei, mas quando tava passando os canais tive a sorte de assistir a um clipe. “I Gotta Felling” do Black Eyed Peas. Não que eu goste do conjunto, mas devo admitir que o clipe foi muito bem trabalhado. Deu-me uma vontade imensurável de promover umas orgias, umas festas caóticas como não se vêm mais em Fortaleza. Tô precisando de uma dessas. Uma festa longe, onde não precisemos nos preocupar com coisas como “ter álcool e drogas suficientes” ou “ter que dirigir pra casa de volta”. Ah, o ter que dirigir. É o pior. Tenho saudades dos períodos da minha vida que eu não tinha essas preocupações e a única lei era o caos. Nostalgia maldita.

Falando nisso, preciso desabafar uma coisa. Alguns dias atrás ouvi algo bastante ridículo que me deixou bastante irritado. Não quero citar nomes nem o fato ocorrido, mas puta que pariu, por que diabos as pessoas não percebem que a coisa mais ridícula que se pode sentir é a pena por si? Se você sente e se ofendeu com isso, foda-se. Pare de sentir. Ser humano nenhum deveria precisar disso. Pena. Que sentimento patético. Pessoas tristes com motivos inventados. PORRA!!! Para com isso! Com certeza tem gente com mais problemas do que você e está sorrindo. As pessoas não entendem como é bom você sentir o gosto de estar ferrado porque tem muito que fazer, ou não entendem como é delicioso o sabor da rejeição, ou quão divina a dor e a tristeza pode ser. Sem esse nobres sentimentos não iriam existir outros sentimentos exponencialmente mais nobres. Pessoas idiotas. É a única coisa que me vem à cabeça. Ficam procurando problemas pras próprias vidas porque as suas vidas parecem perfeitas demais. Que inferno! Sinceramente, sentir pena de si mesmo é tão patético que me dá raiva. Ódio. Ira. Asco. Nojo. Sim, sim, como qualquer outra pessoa, eu já senti pena de mim mesmo, mas eu era tão patético quanto o sentimento em si. Resolvi parar com isso quando vi que não dava resultado. Ao invés de sentir pena de mim mesmo prefiro agir. Beber. Gritar. Bater. Um leque imenso de possibilidades. Enfim, não vou mais me emputecer com isso. Não é digno.

Voltando para o assunto anterior, desculpem-me a fuga do tema central, minha outra aquisição ideológica dessa tarde foi o filme que já foi citado e citá-lo-ei mais uma vez. Perfume. Um filme e tanto. Se posso aconselhar-lhes uma coisa, assistam. O retrato do psicótico é muito bonito. Não tem noção do que o que ele faz é errado. Não entende. Na verdade as pessoas não entendem o quão nobre pode ser sua causa. Magnífico.

Escrever isso tá me deixando com uma vontade muito grande de beber. Bom sinal. Vamos ser sinceros, todo mundo tem defeitos, fico muito feliz que o meu pior defeito seja a minha qualidade que mais me diverte. Devo-me embriagar por hoje. Cair na sarjeta pra algum cachorro me lamber a boca. Dormir abraçado com um poste. Dar boa noite a todos os gatos e ratos dessa cidade. Tudo isso a esmo. Ao léu. Sem o menor porquê.

ps: Se os pleonasmos usados incomodam-no, foda-se.

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